Uma banda de Metal que nasce em Portugal, sabe que para as letras o Inglês é a única língua viável, a única capaz de atingir um público-alvo que permita assegurar a subsistência da banda.
Em Espanha é bastante diferente.
A legislação que protege genericamente o castelhano, e em particular a música cantada em castelhano, faz com que o mundo musical espanhol esteja bastante fechado sobre si mesmo. Por um lado, ao contrário dos portugueses, podem cantar em castelhano, porque Espanha, a América Latina e mesmo o elevado número de emigrantes na América do Norte, garante-lhes um enorme mercado, por outro lado têm muitas dificuldades em entrar no resto da Europa e do Mundo, precisamente por causa das letras, e sendo fechado em si mesmo, os novos estilos demoram a ser assimilados.
A consequência é um Metal quase estagnado. As principais bandas, como Mago de Oz, Avalanch, Saratoga ou Tierra Santa, continuam a cantar em espanhol e a fazer o mesmo metal desde os anos noventa.
Aqui fica, por exemplo, Septima Estrella dos já extintos Tierra Santa, para mim a melhor destas bandas.
Sim, eu sei, parece o cruzamento entre os Iron Maiden do final dos anos oitenta e uma telenovela venezuelana, mas é do álbum Legendario de 1999.
Restam as excepções: os pioneiros Dark Moor, os primeiros a colocarem a Espanha no mapa mundial do Heavy Metal, e duas bandas que apareceram já no século XXI, Forever Slave e Runic.
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